Pelo Diploma

Por Valéria Aguiar

Cada vez mais sou a favor da obrigatoriedade do diploma de jornalismo. A profissão requer estudo contínuo, ética, técnica, tática…

A definição do seu verdadeiro papel está inacabada, principalmente, neste momento de disrupção, conduzido pela Quarta Revolução Industrial. Na era da Comunicação, quem deveria ser o protagonista senão os comunicadores?

Em tempos de redes sociais, qualquer um com um smartphone na mão acha que é jornalista e não tem pudor algum em disseminar mentiras, promover badernas ou ajudar a banalizar a vida.

O repórter cinematográfico, por exemplo, não tem papel apenas de registrar imagens. O mau exemplo dos indivíduos filmando o motorista do caminhão preso às ferragens, no acidente com o helicóptero que matou o jornalista Ricardo Boeachat, ao invés de tentar o salvar, é um exemplo dessa inversão de valores.

Se a nossa sociedade não deseja apenas abobados com microfones ou câmeras nas mãos, sem compromisso com a apuração responsável ou com a vorização da vida, mas com poder de provocar estragos, deveria repensar a importância do jornalista profissional.

Vale lembrar que, a Imprensa livre, autêntica e genuína é um dos pilares da democracia. Enfraquecê-la é, de alguma forma, fragilizar um sistema democrático.

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