A Morte do Jornalista Mario Jakobskind
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro comunica e lamenta a morte do Jornalista Mario Jakobskind, um profissional destemido, coerente e comprometido com as causas populares. Ex- diretor do Sindicato, Mario foi um dos diretores que mais contribuiu com suas ideias e propostas para o avanço sindical brasileiro, para o fortalecimento do Sindicato, da Comunicação e da Democracia. Um jornalista que nunca abriu mão de suas convicções.
Publicamos este pequeno histórico sobre a trajetória do jornalista Mário Augusto Jakobskind, enviado por nosso diretor Aldefran Lacerda, que dá a dimensão do comprometimento e da luta de Mário pelas causas sociais e democratização da Comunicação no País.
“Com carreira dedicada ao jornalismo e às lutas sociais, Mário Augusto integrava o Conselho Político do Brasil .Carioca da gema, Mário Augusto faria 75 anos no próximo dia 16 de outubro.
Sua vida perpassa por momentos singulares da história do país e sua experiência como historiador e jornalista difícil de ser resumida em poucas linhas.
Ao longo da carreira, ele passou pela redação de diversos jornais e agências de notícias, como a France Press, em que foi redator, a Folha de S. Paulo, do qual foi repórter da sucursal do Rio de Janeiro, e a Tribuna da Imprensa, na qual trabalhou como editor de internacional.
Colaborou com o Pasquim, jornal referência da resistência à Ditadura Militar, do qual se orgulhava de ter integrado a equipe.
Jakobskind transformou sua profissão em trincheira de luta, de forma incansável, pela difusão de informações sobre a América Latina em uma perspectiva de união dos povos e pela soberania da região.
Por conta desta relação, trabalhou na Agência Cubana de Notícias, em Cuba, e atuou como editor da Revista Versus, a primeira publicação de caráter latino americano publicada no Brasil. Contribuiu na construção do “Sistema de comunicação do Brasil de Fato”. Escreveu diversos livros, entre eles, os títulos “A hora do terceiro mundo”, publicado em 1982, e o mais recente “América que não está na mídia”, de 2005.
Também travou luta sindical na Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e no Sindicato dos Jornalistas do Rio de Janeiro (Sindijor-RJ). Integrou ainda o Conselho Curador da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), extinto após o golpe de 2016.
Por onde passou, Mário Augusto deixou como marca a vitalidade e a energia com que se dedicava às lutas sociais e a comunicação”.
Mário Sousa
Presidente do Sindicato e Diretoria