Viva o jornalista Arnaldo Jabor!

Morreu Arnaldo Jabor, carioca, 81 anos de vida, mil de cultura jornalística, literária e cinematográfica. Se for possível uma comparação, diríamos que é o Nelson Rodrigues das telas, com Toda Nudez Será Castigada imortalizando esse casamento escandalosamente incestuoso. E com Darlene Glória espargindo concupiscente beleza loura a incomodar com sua nudez perfeita e perdoada os generais gorilas que a proibiram mas a ela afinal se dobraram ante a admiração mundial. Jabor era um espírito de contradições e de duras exigências. Combateu Lula. Atacou Dilma. Enxergou o horror que veio com Bolsonaro. E filmou como o cinema novo promulgava, sujeitando-se apenas ao teatralismo excessivo dos personagens. Ao ser vencido por um AVC estava polindo O Delator, outro filme desafio para mostrar que corrupção é ato coletivo e não fruto apenas da individual e ladra cobiça. Viva Jabor! Viva o honrado jornalista porta-informação da elite que não se emburreceu, como ele próprio dizia.

PJr Pinheiro Junior

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